sábado, outubro 18, 2008

Meu irmão.

É, não poderia ter escolhido nome melhor para o meu blog. Aqui realmente é o meu 'refúgio' :)

Esta semana não foi nada fácil. E de quinta pra cá ficou um pouco pior. Isso porque meu irmão resolveu que iria mesmo embora. Há algum tempo já sabíamos que isso iria acontecer, mas não esperávamos pra agora.
Odeio despedidas, mas mesmo assim, hoje fui levá-lo na rodoviária. Na volta para casa, comecei a lembrar do passado. Das brincadeiras na infância, dos tempos que precisei defendê-lo na escola, de quando ele me provocava tanto ao ponto de eu sair do sério e acabar brigando (e depois ele ainda saía como vitima, por ser o irmão mais novo -.-), de quando eu o ajudava na lição, enfim, de uma vida, afinal, foram 16 anos.
Sim, ele está indo com apenas 16 anos. Está indo atrás da sua felicidade, já que agora será pai *-*
Isso me deixa feliz, porque agora ele vai criar responsabilidade, vai constituir uma família, e eu serei tio :D
Em contrapartida, começo a pensar como será daqui pra frente. Pensar que ele não estará mais em casa quando eu voltar do trabalho, que não poderei mais encher o saco pela louça suja na pia, pelas coisas jogadas na sala, pelo volume alto do som. Pensar que não terei mais ninguém pra dividir o PC, o quarto, as roupas. É dessa convivência diária que sentirei mais falta ;~~
Diante de tudo isso, me pergunto: Será que dei valor ao meu irmão? Será que soube demonstrar que, apesar de todas as brigas e discussões, ele é importante pra mim?
Bom, talvez eu não tenha demonstrado isso por completo. Talvez devesse ter discutido menos, ter escutado mais. Mas, no fundo, tenho certeza que ele sabe toda a consideração que tenho. E sabe também a falta que fará. Afinal, como diria Salústio, 'Quem é mais amigo de um irmão do que seu irmão?'

Pra terminar, espero que ele possa ser feliz nesse novo ciclo que se inicia em sua vida :D

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Forte abraço, meu irmão!

segunda-feira, outubro 06, 2008

Efeito Borboleta.

Já assisti muito este filme, e sempre que o vejo, fico meio 'depre' ;~~
Mas, isso não muda o fato de achá-lo ótimo :)

Talvez seja pela reflexão que ele propõe: estamos predestinados em nossas vidas, ou podemos, através do 'livre arbítrio', mudar nosso futuro? E, mudando nossas histórias, quais seriam as conseqüências em nossas vidas? E na vida dos outros?
Acho que todo mundo, em algum instante, já se pegou pensando como estaria sua vida se tivesse tomado uma decisão diferente no passado. No filme, Evan tem esse 'poder' de regressar, e com ele, quer tornar o mundo perfeito (pelo menos para os que estão ao seu redor). Suas intenções são boas, mas, a cada "viagem", a cada tentativa de consertar as coisas e produzir um futuro melhor para todos, ele se depara com novos problemas, seja na sua vida ou na de seus amigos, até o momento em que percebe que é preciso abrir mão de seu grande amor para que tudo fique em ordem novamente.
É aí que Efeito Borboleta torna-se crucial, relevante e perplexo.
Até que ponto conseguimos deixar de lado nosso egoísmo? Até que ponto é certo abrir mão de nossa 'felicidade', para o bem-estar alheio? Será que conseguimos aceitar que, por mais que amamos uma pessoa, às vezes a melhor forma de vê-la feliz e bem é não tê-la, por mais que isso machuque e nos arrebente por dentro?
São perguntas cujas respostas, com certeza, não acharemos facilmente. Mas, que irão nos perseguir até o fim de nossas vidas.

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