sábado, dezembro 13, 2008

Technical Support ... Technical Support ...

Como saber se o que vivemos é real? Como ter certeza de que não estamos em um sonho lúcido? Pode ser que vocês me questionem que um "suporte técnico" não aparece de vez em quando pra ter dar umas dicas. Ok, mas e se você optou por nunca sair desse sonho? Mesmo que dê tudo errado, mesmo que dê tudo certo ...
 Mas e se for realmente um sonho, será que é possível viver nesse estado mesmo com todas as informações necessárias para sair dele? No filme Vanilla Sky, quando se descobre que está numa situação assim, temos que fazer uma escolha, continuar o sonho ou acordar pro "mundo real". Então, pode ser que estejamos mesmo em um sonho, e apenas não sabemos ainda como acordar, talvez por essa informação fazer parte de algo maior, algo transcendente, algo que vá muito além da nossa vã filosofia. Ha ha, que loucura.
Pra irmos um pouco mais fundo, vamos ver o conceito de realidade. O que é realidade pra você? Não seria aquilo que nossa mente capta e produz com o que capta? Se pensarmos assim, que a realidade é a mente, então vivemos um sonho lúcido, pois a realidade é o que nossa mente interpreta e sente de alguma forma. Lógico que nossa mente não é perfeita, pelo contrário, é falha. Não podemos captar tudo, nem elaborar tudo. Fazemos o melhor que podemos com o que captamos e vivenciamos, e fazemos isso com as nossas estruturas psíquicas. É, quanto mais escrevo, mais complicado vejo esse post.
Mas, pensando bem, não há nada de complicado. A questão é simples: como distinguir o que você está vivendo ou o que está imaginando? E olha, isso não tem nada a ver com filosofia astronômica ou psicologia quântica. É bem mais simples, é apenas uma questão de percepção. Sentidos, valores, marcas, experiências, tudo isso pode te dizer que o que te acontece não é apenas sua imaginação? Que é tudo real? Sintetizando: Você não está em um sonho lúcido?
Se de certa forma tudo que passa pela mente é um sonho e que tudo que a mente cria pode se tornar real, então, inconscientemente, estamos sonhando o tempo todo. Dessa forma, não existe sonho nem realidade, os dois são apenas um, esperando que sejam visualizados e materializados por quem os cria.
É, melhor parar por aqui e ir dormir. Quem sabe todas essas respostas venham apenas depois da morte. Se estivermos em um sonho, acordaremos. Ou não.
Se o seu "sonho lúcido" está bom, aproveite. Caso não esteja, grite o suporte técnico, quem sabe ele aparece ;)




PS: Se você assistiu Vanilla Sky, talvez consiga me entender. Do contrário, acho difícil.

domingo, dezembro 07, 2008

O dilema.

Adoro vê-la sorrir, mexer nos cabelos e, logo depois, morder os lábios.
Tenho vontade de mergulhar nos seus olhos, garota adorável.
Às vezes, quando balança a cabeça, a franjinha tampa os olhos; Aaaaaaah! Que vontade de tocá-la e sentir sua pele.
Mas é tão complicado concretizar esse desejo ;~ Sim, é a maldita distância que atrapalha.
E, por causa disso, um dilema atordoa minha mente. Uma parte de mim diz pra acreditar e viver esse sonho. Diz que esse é o caminho a seguir, que um dia tudo vai dar certo, que essa história pode sim ter um 'final feliz'. Em contrapartida, outra parte vem e diz totalmente o contrário. Que um sentimento assim não pode vingar, que é bobagem tentar seguir adiante, que o certo é esquecer e tentar um outro caminho. Sim, é um balde de água fria, que te puxa de volta à realidade.
E, sinceramente, não sei qual caminho seguir ;~~ Algumas vezes cheguei perto de optar pela segunda parte, talvez porque vi muita gente torcendo contra, vi obstáculos cada vez mais difíceis de superar, vi que era hora de parar. Mas, no minuto final, algo vinha e me dizia pra acreditar mais um pouco. E lá voltava eu, tentar viver esse sonho.
O problema é que, nessa indecisão, o tempo vai passando, e vou me envolvendo mais e mais ;~
A verdade é que tenho medo de seguir com isso e, amanhã ou depois, ver que não vai dá em nada. Mas, ao mesmo tempo, também tenho medo de parar aqui, e depois me arrepender. Aliás, esse é o meu maior problema: medo.
Medo de arriscar, medo de me aventurar, medo de me entregar.
Ahh, mas também, minha vida já anda tão complicada, porque esse sentimento por alguém que está tão longe? ;~~
Dizem que "quanto mais difícil, melhor". Até concordo, o fato é que quando a dificuldade é muita, há o risco da frustração, que acaba matando o interesse aos poucos.
Mas deixe estar, afinal, dizem também que "o universo conspira a favor", e é pra isso que eu torço.

sábado, outubro 18, 2008

Meu irmão.

É, não poderia ter escolhido nome melhor para o meu blog. Aqui realmente é o meu 'refúgio' :)

Esta semana não foi nada fácil. E de quinta pra cá ficou um pouco pior. Isso porque meu irmão resolveu que iria mesmo embora. Há algum tempo já sabíamos que isso iria acontecer, mas não esperávamos pra agora.
Odeio despedidas, mas mesmo assim, hoje fui levá-lo na rodoviária. Na volta para casa, comecei a lembrar do passado. Das brincadeiras na infância, dos tempos que precisei defendê-lo na escola, de quando ele me provocava tanto ao ponto de eu sair do sério e acabar brigando (e depois ele ainda saía como vitima, por ser o irmão mais novo -.-), de quando eu o ajudava na lição, enfim, de uma vida, afinal, foram 16 anos.
Sim, ele está indo com apenas 16 anos. Está indo atrás da sua felicidade, já que agora será pai *-*
Isso me deixa feliz, porque agora ele vai criar responsabilidade, vai constituir uma família, e eu serei tio :D
Em contrapartida, começo a pensar como será daqui pra frente. Pensar que ele não estará mais em casa quando eu voltar do trabalho, que não poderei mais encher o saco pela louça suja na pia, pelas coisas jogadas na sala, pelo volume alto do som. Pensar que não terei mais ninguém pra dividir o PC, o quarto, as roupas. É dessa convivência diária que sentirei mais falta ;~~
Diante de tudo isso, me pergunto: Será que dei valor ao meu irmão? Será que soube demonstrar que, apesar de todas as brigas e discussões, ele é importante pra mim?
Bom, talvez eu não tenha demonstrado isso por completo. Talvez devesse ter discutido menos, ter escutado mais. Mas, no fundo, tenho certeza que ele sabe toda a consideração que tenho. E sabe também a falta que fará. Afinal, como diria Salústio, 'Quem é mais amigo de um irmão do que seu irmão?'

Pra terminar, espero que ele possa ser feliz nesse novo ciclo que se inicia em sua vida :D

-
Forte abraço, meu irmão!

segunda-feira, outubro 06, 2008

Efeito Borboleta.

Já assisti muito este filme, e sempre que o vejo, fico meio 'depre' ;~~
Mas, isso não muda o fato de achá-lo ótimo :)

Talvez seja pela reflexão que ele propõe: estamos predestinados em nossas vidas, ou podemos, através do 'livre arbítrio', mudar nosso futuro? E, mudando nossas histórias, quais seriam as conseqüências em nossas vidas? E na vida dos outros?
Acho que todo mundo, em algum instante, já se pegou pensando como estaria sua vida se tivesse tomado uma decisão diferente no passado. No filme, Evan tem esse 'poder' de regressar, e com ele, quer tornar o mundo perfeito (pelo menos para os que estão ao seu redor). Suas intenções são boas, mas, a cada "viagem", a cada tentativa de consertar as coisas e produzir um futuro melhor para todos, ele se depara com novos problemas, seja na sua vida ou na de seus amigos, até o momento em que percebe que é preciso abrir mão de seu grande amor para que tudo fique em ordem novamente.
É aí que Efeito Borboleta torna-se crucial, relevante e perplexo.
Até que ponto conseguimos deixar de lado nosso egoísmo? Até que ponto é certo abrir mão de nossa 'felicidade', para o bem-estar alheio? Será que conseguimos aceitar que, por mais que amamos uma pessoa, às vezes a melhor forma de vê-la feliz e bem é não tê-la, por mais que isso machuque e nos arrebente por dentro?
São perguntas cujas respostas, com certeza, não acharemos facilmente. Mas, que irão nos perseguir até o fim de nossas vidas.

;~~

quarta-feira, agosto 27, 2008

Sonho ou Realidade?

Consegue distinguir sonho e realidade?
Não lute contra seu corpo.
Deixe sua cabeça responder.

Às vezes, a mente se comporta como num sonho. Ela muda, as pessoas mudam. O subconsciente é muito poderoso.
Você sabe o que é insanidade? Eu não sei :)
Mas eu sei que meus sonhos são uma piada de mau gosto. Eles debocham de mim.
Até nos meus sonhos sou um idiota que sabe que vai acordar para a realidade. Se pudesse ficar sempre acordado ... mas não dá.
Tento controlar meus sonhos, tento sonhar que estou voando, que estou livre, mas nunca dá certo.
­
Mas é assim mesmo. Afinal, sem o fel, nenem, o mel nunca é tão doce ;)

terça-feira, julho 22, 2008

Às vezes me odeio ...

Tem certos momentos que me odeio. Mas é odiar com todas as forças, do tipo que dá vontade de bater a cabeça contra a parede, pra ver se resolve algo.
Odeio quando finjo que quero uma coisa, mas na verdade estou querendo outra ou quando penso uma coisa e tenho que me expressar de forma diferente, seja qual for a circunstância. Odeio quando deixo meus pensamentos me envolverem. Odeio ficar vermelho a cada alteração de humor que eu tenha.
Odeio quando não consigo achar a palavra certa para o momento e, pior ainda, quando não tenho controle sobre as benditas. Odeio quando me altero e digo coisas que não queria ou não deveria dizer, e acabo magoando quem, às vezes, não merecia. E odeio mais ainda quando tenho vontade de dizer mil coisas, mas me calo. Odeio quando não consigo mergulhar de cabeça em algo, sem me preocupar com as consequências. Odeio quando me deixo vencer pelo orgulho.
Odeio quando quero uma coisa e não consigo alcançá-la, na maioria das vezes por insegurança, medo, covardia, acomodação. E é nesse momento que odeio-me de verdade, porque nesses vinte anos de estrada, já perdi grandes coisas e pessoas por "deixar pra depois" ou achar que não sou capaz. E o pior é que eu sei que sempre vou olhar pra trás e me perguntar "por que não tentei mais um pouco?", "por que abri mão tão facilmente?" ;~~
Nada na minha vida foi fácil, nada mesmo, mas tenho que aprender a não desistir tão rápido, a não deixar que as adversidades me vençam.

Tem duas horas que ouço a mesma música (Lose Yourself - Eminem), e o final dela diz bem o que eu quero e preciso acreditar: "... you can do anything you set your mind to, man."

:)

sábado, julho 05, 2008

... bem vindo ao Teatro Mágico!

Pra quem ainda não sabe, no último dia 18, foi disponibilizado na internet o download do novo CD do Teatro Mágico, "O Segundo Ato".
Um trabalho ótimo, que compensou todo o tempo de espera, e que me surpreendeu.
Novos integrantes, arranjos mais criativos, letras mais instigantes.
Enfim, a trupe amadureceu, isso é fato. O universo fantasioso e lúdico do álbum anterior, deu lugar ao nosso dia-a-dia, cada vez mais mecanizado e individualista.
A poesia continua, porém, agora mais crítica, mais realista.
E esse teor crítico está bem aflorado na música Xanéu nº 5 (a melhor do novo álbum, na minha opinião).

" ... Enquanto pessoas perguntam por que, outras pessoas perguntam por que não? Até porque não acredito no que é dito, no que é visto. Acesso é poder e o poder é a informação. Qualquer palavra satisfaz. A garota, o rapaz e a paz quem traz, tanto faz. O valor é temporário, o amor imaginário, a festa e o perjúrio. Um minuto de silêncio é um minuto reservado de murmúrio, de anestesia. O sistema é nervoso e te acalma com a programação do dia, com a narrativa. A vida ingrata de quem acha que é noticia, de quem acha que é momento, na tua tela querem ensinar a fazer comida uma nação que não tem ovo na panela, que não tem gesto, quem tem medo assimila toda forma de expressão como protesto. "

Bom, com certeza a letra de Xanéu nº 5 é a mais inteligente e ácida do Anitelli. É um tapa na cara dos acomodados. E a participação do Zeca Baleiro caiu como uma luva.
Mas a televisão tem salvação ou ainda nem se perdeu? Que papel ela tem em nossas vidas? Será que as grandes emissoras fazem uso correto desse meio de comunicação de massa? Ela informa, influencia, aliena? A internet já deixou essa mídia em segundo plano?
É, essa música dá margem para vários questionamentos ...
No fundo, espero que ela consiga reviver o senso crítico das pessoas, que andam cada vez mais pacatas.

Pense, reflita, sintaxe à vontade :)


-
Se não conhece o trabalho do Teatro Mágico, vale a pena dar uma conferida.
http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?idp=748627

Lá vc pode fazer o download do novo álbum, e tbm conhecer o primeiro trabalho da trupe.
Basta se cadastrar e aproveitar esse som raro :D

sábado, junho 14, 2008

A Amazônia é realmente nossa?

A paranóia presente atualmente na cabeça dos brasileiros é que alguém, em algum lugar, nos quer 'roubar' a Amazônia.
Ora, chega desse chororô!

Enquanto ficarmos nessa paranóia boba e nesse discursinho nacionalista de 5ª, nos esquecemos daquilo que é nossa obrigação: ter uma política eficiente para a Amazônia e, tendo-a, implementá-la.

Pq é a ausência de uma política econômica governamental sustentável para a Amazônia que está dando voz aos que desejam a sua internacionalização, baseados em interesses ocultos. E isso é culpa nossa!

Lógico que os países do Norte, grandes poluidores de toda a história, não tem direito de cobrar a preservação da Amazônia ao Brasil. Mas sabemos que essa 'cobrança' é só uma faixada, pq na verdade, os americanos, franceses, ingleses, estão de olho é no subsolo, nas riquezas minerais e hídricas, e não na floresta.
E se o país não abrir o olho logo e tomar uma posição, vai dançar. É aquela velha história: Se o cara num dá um trato legal na esposa, se deixa ela na mão e vacila, o Ricardão aparece. Com a Amazônia é a mesma coisa.
Corno não é corno por acaso. Por alguma razão ele merece.

Portanto, se a Amazônia é nossa, tá na hora de provarmos. E isso só é possível se mostrarmos que podemos protegê-la. Então, é uma responsabilidade nossa, tratar de ocupar e explorar as riquezas da Amazônia de forma responsável e sem grandes danos à natureza.Criar centros de pesquisa, explorar o conhecimento, usar a grande biodiversidade existente para desenvolvimento de bens e produtos, assim como o turismo ecológico, é uma boa saída.
Mas achar que aquilo lá deve ficar intocado pelos próximos anos ou que por milagre vamos conseguir acabar com os desmatamentos, é puro ecologismo excessivo.

A grande verdade é que o Brasil ainda não sabe o que quer fazer com sua maior floresta. E, enquanto isso permanecer, ela seguirá sendo destruída e muitos de nós, por puro sentimento de culpa, continuarão achando que algm lá fora vai tomá-la na força. Talvez pq, no fundo, bem no fundo, sabemos que temos culpa no cartório.

Na falta de planos, o caos.



E no mais, se o país não se mexer e nada mudar, por que os estrangeiros vão 'invadir'? Eles já tiram da Amazônia o que querem, quanto querem, como querem e quando querem :)

sexta-feira, maio 16, 2008

Nostalgia.

É, como o tempo passa rápido. Há alguns dias atrás, me peguei pensando na minha infância. E me lembrei de tantas coisas, como se estivesse vivendo aqueles momentos novamente.
Brincadeiras de rua. Uma turma bacana, a rua, muita energia pra gastar. Essa era a combinação necessária para um dia divertido. Esconde-esconde, pega-pega, polícia e ladrão, bandeirinha estourada, golzinho, entre outras tantas. Não importava a brincadeira nem o lugar. Éramos uma turma de amigos, sempre encontrávamos uma forma de nos divertir. Claro que existiam as brigas e, às vezes, alguns hematomas. Mas mesmo que nos machucássemos e, tantas vezes, chorássemos, passava rápido. E no outro dia, estavamos ali novamente, prontos para mais diversão :D
Cavaleiros do Zodíaco. Ah, melhor anime que já existiu. Me lembro de ter 7/8 anos quando começou. Não perdia um episódio. Toda tarde ligava a TV na Manchete, sedento por um novo episódio. Colecionava figurinhas sobre o desenho, revistas. Tbm tinha alguns bonecos da série. Meu cavaleiro preferido era o Shiryu.
Tazos. Era uma febre. Colecionei desde do Looney Tunes até os do Pokémon. Não tinha muito dinheiro pra comprar os salgadinhos, a maioria dos tazos ganhava jogando. Na hora do recreio, o pátio lotava de rodinhas, onde sempre havia jogos de tazo. Passei vários recreios inteiros jogando, e se a coordenadora não visse, ficava ali matando aula na boa. Perdia, ganhava, xingava, me divertia. Só parava quando não tinha mais tazos. Tenho minha coleção guardada até hoje.
Banco Imobiliário. Pode-se dizer que era a primeira 'noção' de empresariedade que tínhamos. Eramos donos de casas, hotéis, aviões. Precisávamos tomar decisões. O que construir, que imóveis vender, como escapar da falência. Ahh, era tão divertido qdo vc conseguia 'quebrar' algm haushuasha. Adorava jogar. Me prendia a atenção, nem via o tempo passar.
Kinder Ovo a 1 real, Mirabel, Balas Juquinha, Tubaína, Guaraná Taí, Cherry Coke, Caverna do Dragão, Doug, Thundercats, He-man, Manda-chuva, Corrida Maluca, Os Jetsons, Tom e Jerry, Pica Pau, Pernalonga, Tartarugas Ninja, Capitão Planeta, Pink e o Cérebro, DBZ, Power Rangers, Punky, Chaves, Gibis da Turma da Mônica, Família Dinossauro, Jaspion, Vovó Mafalda, TV Colosso, Disney Cruj, Os Trapalhões, Passa ou Repassa, TV Animal, Programa Livre, Minicraques, Autorama, Playmobil, Lego, Atari, Super Nintendo ... enfim, poderia ficar horas aqui citando coisas que marcaram minha infância e começo da adolescência. Comidas, desenhos, brinquedos, coisas boas que foram e não voltam mais ... ficam apenas na memória e no coração.
Naquela época, nem se falava em internet, celular. As crianças divertiam-se mais, respeitavam mais. Sabíamos que quando os pais diziam NÃO, era NÃO. Ganhávamos brinquedos no Natal ou no aniversário, não todas as vezes que íamos ao supermercado.
Adoro a tecnologia, e sei de sua importância pro mundo atual. Mas fico indignado ao ver crianças de 5/6 anos já viciadas em Internet ou Playstation; vê-las crescendo com uma vida sedentária e virtual; ver, nos recreios escolares, as brincadeiras de outrora dando lugar à mp3, mp4, celulares; ver crianças de 10/11 anos (sim, crianças!) que deveriam se preocupar em brincar, já pensando em ficar, namorar. Isso é absurdo, mas é a realidade.
Pelo visto, a geração dos anos 90 foi a última a verdadeiramente aproveitar uma infância feliz e saudável. Eu fiz parte dessa geração. E isso ninguém me toma.